Não tenho dúvidas de que a presença de Booker T. Jones na Virada Cultural 2010 tenha sido dos pontos altos do evento. Líder dos lendários Booker T. & the MG's, nesta vinda a São Paulo o organista veio com uma banda muito bem entrosada, prejudicada apenas por uma discreta má qualidade do som que, contudo, não comprometeu o resultado final da apresentação iniciada no finalzinho do sábado e concluída no início do domingo - bem na "virada", literalmente.
Relembrado pelos seus trabalhos como organista nos anos 1960, Booker T., neste show, também cantou e tocou guitarra. Além de clássicos de seu repertório junto com os MG's, o músico interpretou gemas que ficaram famosas na voz de Albert King e Otis Redding. Tudo a ver! Ao apreciar algumas das principais canções do selo Stax, o leitor, talvez sem o saber, está ouvindo ao fundo Booker T. & the MG's, uma vez que eles acompanharam muitos dos grandes artistas que gravaram naqueles históricos estúdios de Memphis.
A este escriba causou agradabilíssima surpresa o público volumoso, formado em sua maioria por uma garotada que, surpreendentemente, parecia conhecer bem o repertório. Deve ser a internet... Mais próximo ao palco, em lugares privilegiadíssimos, viam-se alguns "vips": Charles Gavin, Luiz Calanca, o jornalista Álvaro Pereira Jr. e o radialista Daniel Daibem (a quem coube a honra de anunciar o mestre).
Espero que Booker T. Jones e a excelente banda que o acompanhou tenham também ficado positivamente impressionados com a acolhida do público paulistano. Quem sabe não vem uma miniturnê por aí?
Abaixo, o registro de gravação de aúdio feita por este blogueiro na apresentação de Booker T. Jones. Pedimos desculpas pela péssima qualidade. Foi feita de forma muito rústica, apenas para registrar, na Virada Cultural 2010, a presença de um artista tão importante para a história da música do século XX. A canção é a clássica "Green Onions", de 1962, composta por ele, Steve Cropper, Al Jackson Jr. e Lewis Steinberg. A ilustração é foto de Booker T. & the MG's, no início dos anos 1960, extraída dos arquivos da Fantasy Inc.
Não é sobre liberdade (e eles sabem disso)
Há 5 semanas
3 comentários:
Discreta má qualidade de som? O som estava horrível, estouradíssimo, o microfone baixo, foi uma tristeza e um desrespeito a um artista tão importante.
aprovo oe vento porque me parece que quanto mais a população toma conta dos espaços da cidade, mais afasta quem quer só bagunçar.
ainda há excessos de toda monta, pessoas que não sabem se portar e aproveitar o presente dado.
mas o som, em shows, tem que estar em ordem. e a presença de booker t, foi mesmo ponto alto da festa.
pena não ter "esbarrado", literalmente em você, como esbarrei em outros, procurando o melhor lugar para ver o ouvir o show.
prá próxima.sucesso !
Camila e Pedrão, desculpem a demora da publicação. Simplesmente não fui bem orientado pelo blogger aqui, de como fazer para moderar os comentários. Pensei que receberia um e-mail. Só hoje descobri que teria que ir na página principal para acessá-los.
De qualquer modo, obrigado pelas mensagens.
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