Ano de 1962. A bossa que havia explodido com João Gilberto no final dos anos 1950 já estava razoavelmente consolidada e ganhava o mundo. No Rio e em São Paulo começavam a pulular os grupos de bossa instrumental ou, como preferiam alguns, samba-jazz.
Era bastante comum naquela época artistas se reunirem para gravar um único álbum, posteriormente lançarem-se em carreira solo ou unirem-se a outros grupos. Foi o que se viu nesse caso de Don Junior, Seu Conjunto e Seu Sax Maravilhoso, cujo álbum Sambas foi lançado pelo selo paulistano RGE naquele ano de 1962. O trabalho é mais “bossanovístico” do que jazzístico, soando bem carioca a despeito de o grupo ter se formado em São Paulo.
Don Junior é ninguém menos do que o argentino Hector Costita, aqui tocando o “seu sax” suavemente à Stan Getz, estilo de que logo se afastaria, tornando-se mais áspero nos seus trabalhos posteriores, já como Costita. Os músicos que o acompanham são de primeira linha, alguns deles de importância histórica no gênero: Walter Wanderley (órgão), Milton Banana (bateria), Olmir Stocker (guitarra), Edgar Gianolo (guitarra), Xu Viana (baixo) e Rogério (pandeiro).
Confira abaixo um pouco da bossa instrumental de Don Junior, Seu Conjunto e Seu Sax Maravilhoso: “Quem Quiser Encontrar Amor” (Geraldo Vandré – Carlos Lyra) e “Chorou, Chorou” (Luís Antonio). A ilustração é a capa do álbum Sambas, de 1962, produzida por Patrício Marre.
Não é sobre liberdade (e eles sabem disso)
Há 5 semanas
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