Com um pouco de atraso, comento o show de Pharoah Sanders no Sesc Pinheiros, em São Paulo, no dia 22 de agosto de 2010.
Um dos nomes mais importantes da história do jazz, o saxofonista estadunidense apresentou-se acompanhado de um excelente time, formado por figuras respeitáveis como o seu conterrâneo Rob Mazurek e Maurício Takara.
A exemplo de outros jazzistas fundamentais que têm se apresentado em São Paulo nos últimos anos, a figura de Sanders também se mostrava um pouco debilitada pela idade, fazendo duvidar, de cara, da qualidade da performance que viria. Qual nada! Com todo o respeito, o velhinho manda bem demais! Com grande fôlego e com o timbre que faz lembrar seus discos do final dos anos 1960 e início dos 1970.
O mais legal de tudo foram os arroubos free aos finais de peças um tanto "orientais", místicas, contemplativas. Em suma, o show foi mesmo a cara dos melhores discos de Pharoah Sanders.
Para quem quer conhecer um pouco de Pharoah Sanders, abaixo temos uma faixa do LP Karma, lançado pela Impulse! em 1969, destacando o baixo de Ron Carter e os vocais de inflexão soul de Leon Thomas. A canção chama-se "Colors" e tem autoria de Sanders e Thomas.
Não é sobre liberdade (e eles sabem disso)
Há 5 semanas
Um comentário:
Uma declaração de Pharoah Sanders na entrevista coletiva de 1991 quando veio integrando o sexteto de Freddie Hubbard.
Indagado sobre suas atuações com John Coltrane, Pharoah desdenhou da pergunta ao dizer de forma bastante arrogante e antipática: "Foi apenas mais um trabalho, nada mais que isso. Você deveria perguntar ao Coltrane se ele gostou de tocar comigo"...
Máscara é isso aí.
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