O roubo de dois importantes e valiosos quadros no MASP expõe, no mínimo, a fragilidade do sistema de segurança daquele que talvez tenha o maior acervo da América Latina.
Todos os que costumam freqüentar o museu já devem ter se atentado ao certo descaso que há com a questão da segurança no local.
É claro que não se deve esperar que um espaço dedicado ao lazer e à cultura seja tomado por seguranças ou que lá se imponham quaisquer tipos de constrangimento aos visitantes. Mas os funcionários aptos a cuidar do local bem que poderiam ser um pouco mais “vigilantes”.
O roubo, como se sabe – e como seria de se esperar –, não foi feito à luz do dia. O sistema de alarme não estava em funcionamento e as luzes do local em que ficavam as obras estavam apagadas para economizar energia. Informações publicadas nos jornais acrescentam que a segurança no local vinha sendo feita a base de improviso.
Sabe-se que agências bancárias, por exemplo, cuidam com certa seriedade de sua segurança. Num primeiro momento não cabe comparação com o museu. Mas não se deve em nenhuma hipótese deixar de pensar que uma casa como o MASP possui verdadeiros “tesouros” de muitos milhões de dólares. Noutras palavras, bons museus às vezes abarcam “valores” mais consideráveis do que se encontram nos cofres de agências de bancos. Será que realmente se poderia fazer pouco caso da segurança em locais desse tipo?
Já de há muito que se fala na crise financeira pela qual passa o Museu de Arte de São Paulo. Há pouco mais de um ano a AES Eletropaulo cortou o fornecimento de energia elétrica no lugar.
Não se fazem mais mecenas. Por isso talvez os museus no Brasil tendam a depender do auxílio do poder público ou do patrocínio de empresas privadas.
A propósito, bem que a AES poderia ser uma dessas patrocinadoras. A empresa americana adquiriu a Eletropaulo por conta dos empréstimos do BNDES, numa situação que poderia ser chamada de surreal não fosse a privataria brasileira pródiga em absurdos piores do que esse. Certamente que não custaria nada devolver algo do que ganha à sociedade, através de algum auxílio a um dos principais museus da América Latina.
E com quem será que estão as obras? O receptador desse tipo de material deve ser tomado de algum tipo de inexplicável fetiche. As famosas pinturas não lhes terão valor comercial, ele não poderá exibi-las para os amigos e parentes, nem os quadros poderão ser expostos na parede da sala. Nesse caso, que graça tem?
Mas, amigo leitor, quando o museu estiver reaberto, vá fazer uma visita. Ele estará mais pobre, principalmente pela ausência do quadro de Picasso, mas ainda assim valerá a pena. Quem sabe até, antes que você decida ir lá, as obras já tenham sido recuperadas. Tomara!
Todos os que costumam freqüentar o museu já devem ter se atentado ao certo descaso que há com a questão da segurança no local.
É claro que não se deve esperar que um espaço dedicado ao lazer e à cultura seja tomado por seguranças ou que lá se imponham quaisquer tipos de constrangimento aos visitantes. Mas os funcionários aptos a cuidar do local bem que poderiam ser um pouco mais “vigilantes”.
O roubo, como se sabe – e como seria de se esperar –, não foi feito à luz do dia. O sistema de alarme não estava em funcionamento e as luzes do local em que ficavam as obras estavam apagadas para economizar energia. Informações publicadas nos jornais acrescentam que a segurança no local vinha sendo feita a base de improviso.
Sabe-se que agências bancárias, por exemplo, cuidam com certa seriedade de sua segurança. Num primeiro momento não cabe comparação com o museu. Mas não se deve em nenhuma hipótese deixar de pensar que uma casa como o MASP possui verdadeiros “tesouros” de muitos milhões de dólares. Noutras palavras, bons museus às vezes abarcam “valores” mais consideráveis do que se encontram nos cofres de agências de bancos. Será que realmente se poderia fazer pouco caso da segurança em locais desse tipo?
Já de há muito que se fala na crise financeira pela qual passa o Museu de Arte de São Paulo. Há pouco mais de um ano a AES Eletropaulo cortou o fornecimento de energia elétrica no lugar.
Não se fazem mais mecenas. Por isso talvez os museus no Brasil tendam a depender do auxílio do poder público ou do patrocínio de empresas privadas.
A propósito, bem que a AES poderia ser uma dessas patrocinadoras. A empresa americana adquiriu a Eletropaulo por conta dos empréstimos do BNDES, numa situação que poderia ser chamada de surreal não fosse a privataria brasileira pródiga em absurdos piores do que esse. Certamente que não custaria nada devolver algo do que ganha à sociedade, através de algum auxílio a um dos principais museus da América Latina.
E com quem será que estão as obras? O receptador desse tipo de material deve ser tomado de algum tipo de inexplicável fetiche. As famosas pinturas não lhes terão valor comercial, ele não poderá exibi-las para os amigos e parentes, nem os quadros poderão ser expostos na parede da sala. Nesse caso, que graça tem?
Mas, amigo leitor, quando o museu estiver reaberto, vá fazer uma visita. Ele estará mais pobre, principalmente pela ausência do quadro de Picasso, mas ainda assim valerá a pena. Quem sabe até, antes que você decida ir lá, as obras já tenham sido recuperadas. Tomara!
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