E o Paquistão II
O assassinato da ex-primeira-ministra do Paquistão Benazir Buttho no dia 27 de dezembro é o fato mais importante do fim de ano em nível internacional. Já tivemos oportunidade de falar, no blog Veritas, sobre a conturbada situação do Paquistão, e do quanto ele é simbólico para o grau de hipocrisia que marca as relações internacionais, sobretudo pela ambígua atuação dos Estados Unidos. (Para ler, clique aqui).
As “boas” notícias do final de ano
Como se sabe, o comércio teve o melhor natal em pelo menos dez anos. Fora isso, há previsões de crescimento do PIB ainda maior do que o anteriormente previsto, que por seu turno já era bem otimista.
Mas ainda assim, os grandes jornais de São Paulo - a Folha no dia 26, e o Estadão no dia seguinte – preferiram destacar nas suas manchetes principais o aumento do número de mortes nas rodovias, durante o feriado. Notícia importante, sem sombra de dúvida. Mas impossível negar que tal predileção pela desgraça apenas corrobora a lamentação do presidente Luiz Inácio da Silva há alguns meses, a de que a imprensa só vive de más notícias. O que será que a Eliane Cantanhêde, colunista da Folha que mais esbravejou com aquela reclamação do presidente, teria a dizer sobre isso?
Mas ouso dizer que tenho explicação para o fato: o tão esperado caos aéreo do natal não ocorreu; logo, fez-se necessário o uso de um sucedâneo para algo de agenda negativa. Quem sabe no ano novo os vôos não atrasam um pouquinho mais!
As “más” notícias do início do próximo ano
Uma previsão que é “batata”: em janeiro e fevereiro, ver-se-á o incremento das estatísticas referentes à inadimplência e à volta de cheques sem fundo. São os “moderadores naturais” da explosão de vendas do final de ano. Se alguma emissora de rádio e TV ou redação de jornal estiver com problemas de pessoal e precisar dar a notícia, basta revirar os arquivos e utilizar o material do mesmo período do ano passado. Acredito que ninguém vai perceber.
Outro triste risco para o início de 2008 é o aumento dos juros. Isto porque a inflação bate a porta, como ficou comprovado pela expressiva alta do IGP-M, sobretudo os preços no atacado. Resta-nos apenas torcer para que prospere a tese de Paulo Skaf, da FIESP, e que o fim da CPMF permita a redução dos preços no atacado, afastando assim talvez a principal pressão de alta para o consumidor final. Se o amigo leitor acredita em papai Noel...
O adeus a Oscar Peterson
No natal de 2006, o mundo perdeu o mestre James Brown, e no nível doméstico foi sentida a perda de Braguinha.
E neste período de natal de 2007, mais precisamente em 23 de dezembro, morreu um dos grandes pianistas da história do jazz: o lendário Oscar Peterson.
De carreira longeva e com inúmeros discos lançados, Peterson sempre se destacou principalmente como líder de seus grupos. Porém, é especialmente recomendável o álbum que dividiu com Louis Armstrong pela Verve em 1957, intitulado justamente Louis Armstrong meets Oscar Peterson. Eis a singela homenagem que lhe presto: redigir estas mal digitadas ao som de um dos melhores pianos – acompanhado de uma das melhores vozes – do século XX. Valeu, Oscar!
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