A soul music feita no Brasil no final dos anos 1960 e início dos 70 merecia um estudo mais aprofundado. Ela é digna de um reconhecimento internacional que cedo ou tarde virá. É lógico que os brasileiros que por ela enveredaram não poderiam entrar no time principal, ao lado de um Bobby Womack ou um Curtis Mayfield; mas poderiam fazer uma tabelinha com um grupo menos nobre, formado por um Syl Johnson e um Baby Huey, para citarmos apenas dois. E este Simona, de 1970, é digno de figurar na melhor tradição do soul brasileiro (sem trocadilho).
Alguns até chamam o que temos aqui de samba soul. Mas além do samba, a soul music made in Brazil também se mistura ao forró, a temas “abolerados” e à tradição da velha guarda brasileira. Tal diversidade ganha coesão no jeitão crooner de ser do velho Simonal.
Li em algum lugar que muitos o chamavam de Frank Sinatra brasileiro. Sei não... Eu acho que ele está mais para Jackie Wilson. E acreditem, esse é o maior elogio que eu poderia fazer!
Ouça abaixo a faixa de abertura de Simona, “Sem Essa”, composição de Fred Falcão e Arnoldo Medeiros. Nas imagens, o leitor verá as reproduções da capa e contracapa originais do respeitável álbum de 1970 (layout, arte e fotos de Sapia, Urano e Prosperi).
Não é sobre liberdade (e eles sabem disso)
Há 5 semanas
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