quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Dylan e os "outros"

Em postagem anterior, erramos e acertamos acerca da vinda do genial Bob Dylan ao Brasil. Diferentemente do que disséramos, o mestre fará duas apresentações na cidade de São Paulo (pelo que se vê no site oficial do artista, a metrópole brasileira será a única cidade da América do Sul com mais de uma apresentação de sua atual turnê). E de acordo com o que já suspeitávamos, as apresentações serão a preço de ouro na Via Funchal (no momento em que publicamos esta, há ainda ingressos que variam de R$400,00 a R$900,00).

Este pobre blogueiro (e bota pobre nisso!) ficará de fora dessa rara – e cara – oportunidade. Por isso, para compensar, venho ouvindo muito Dylan: os sulcos do espetacular Blood on the Tracks (1974) têm sentido o toque da agulha do meu persistente toca-discos, e meu MP3 player está recheado de faixas esparsas dos álbuns The Freewheelin’ Bob Dylan (1963), Highway 61 Revisited (1965) e John Wesley Harding (1967).

Mas minha maior vontade no momento é a de lembrar o Dylan compositor, de cancioneiro gravado ad nauseam mundo afora, por artistas dos mais variados gêneros, e em todas as épocas. Vai aí uma lista de algumas das melhores canções de Robert Allen Zimmerman em outras vozes nem sempre tão anasaladas:

“All Along the Watchtower”, com Jimi Hendrix ou Bobby Womack;
“You Ain’t Going Nowhere” e “The Times They Are A-Changin’”, com The Byrds;
“My Back Pages”, com os Byrds de novo e também com Keith Jarrett;
“It’s All Over Now, Baby Blue”, com Them ou The Chocolate Watchband;
“Blowin’ in the Wind”, com Sam Cooke;
“I’ll Keep it With Mine”, com Nico;
“Jack O’ Diamonds”, com Fairport Convention;
“Knockin’ On Heaven’s Door”, com Eric Clapton;
“A Hard Rain’s A-Gonna Fall”, com Edie Brickell;
“If You Gotta Go”, com The Flying Burrito Brothers;
“Tears of Rage” e “I Shall Be Released”, com The Band.

Merece alguma consideração a versão em português - em verdade quase uma tradução – de “It’s All Over Now, Baby Blue”, feita por Caetano Veloso, bela na interpretação de Gal Costa, sob o título de “Negro Amor”; é boa também a leitura afro-pop de “Chimes of Freedom” por Youssou N’Dour; por fim, é interessante a “subversão” de “Subterranean Homesick Blues” feita pelo Red Hot Chili Peppers.

E você, caro leitor, citaria alguma de Dylan interpretada por outrem, que por acaso não tenha sido mencionada aqui?

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