No mesmo dia do falecimento de Michael Jackson, 25-06-2009, eis que o mundo da música também perde o cantor e compositor Sky Saxon, expoente do rock psicodélico dos anos 1960, mais precisamente da corrente conhecida como psicodelia de garagem. Saxon, não obstante tenha cometido alguns trabalhos solo, será sempre lembrado como líder e vocalista do grupo The Seeds, um dos mais importantes do gênero.
Desnecessário dizer quão menor, do ponto de vista do reconhecimento popular, Saxon é em relação a Jackson. Mas o seu rock cru, áspero e direto (clichê pouco é bobagem) deixou marcas nas décadas que lhe sobrevieram: nos anos 1970, o punk e a new wave bebiam muito da fonte do rock de garagem sessentista; nos anos 1980, a influência é perceptível nos grupos independentes, sobretudo pelo trabalho de guitarras; nos anos 1990, o grunge e as guitar bands são tributários óbvios da virulência não apenas dos Seeds, mas de outras bandas fantásticas, como The Music Machine, The Blue Magoos, Shadows of Knight, Chocolate Watchband etc.
Assumo, neste momento, o compromisso de, no ano que vem, quando o mundo inteiro lembrar o primeiro ano sem Michael Jackson, prestar uma homenagem particular a Sky Saxon, ouvindo os Seeds com seu disco de estréia, o homônimo de 1966, ou o “freakaço” Future, de 1968, dois LPs de que muito me orgulho por ter em minha coleção. Ah, com um pequeno detalhe: por incrível que pareça, as bolachas são nacionais!
Abaixo, veremos dois vídeos, extraídos de programas da televisão estadunidense, com The Seeds interpretando seus dois maiores hits (localizados, esquecidos e singelos, mas hits!), ambos do primeiro disco, de 1966: “Pushin’ Too Hard” e “Can’t Seem To Make You Mine”. Grande Sky Saxon!
Não é sobre liberdade (e eles sabem disso)
Há 5 semanas
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