No domingo 10 de agosto o mundo perdia Isaac Hayes. Problemas particulares e a falta de tempo impediram-me de prestar homenagens ao grande cantor, compositor, produtor, arranjador e instrumentista norte-americano. Queria muito ter durante a semana ouvido os seus discos Hot Buttered Soul ou a trilha de Shaft; adoraria também ter me deleitado ao som de algumas de suas criações na voz de, por exemplo, Sam & Dave; encantar-me-ia, ainda, curtir a sua luxuosa participação em clássicos como Born Under a Bad Sign, de Albert King.
Shaft é, sem a menor sombra de dúvida, uma das melhores trilhas sonoras originais de todos os tempos. Tal afirmação não constitui novidade, haja vista que a maioria dos filmes da chamada blaxploitation contou com boa música. Em Shaft, temos a matéria bruta das trilhas do gênero: balanço funk e soul regados a guitarras wah-wah e uma boa pitada de jazz. Um jazz razoavelmente sem-vergonha é bom que se diga! Neste trabalho, Isaac Hayes certamente deixou-se influenciar pelas belas harmonias do maestro Burt Bacharach, cometendo aquilo que viria a ser rotulado de lounge e easy listening (observe-se que no já mencionado Hot Buttered Soul, Hayes põe o mundo abaixo com uma versão avassaladora de “Walk on By”, além de uma tocante “By the Time I Get to Phoenix”, de Jim Webb, subvertida a um “anti-hit”, com seus quase vinte minutos de duração). Na trilha de 1970, o mestre humildemente incorporou as lições daqueles artesãos pop em boa parte das 15 faixas que assinou, sobretudo em “Ellie’s Love Theme”, “Cafe Regio’s” e “Shaft Strikes Again”. Eis um disco para se levar para uma ilha deserta – não fosse essa idéia um clichê meio ridículo!
Isaac Hayes, legítimo representante da importantíssima escola do soul de Memphis, influenciou de forma efetiva a disco music (gênero aliás do qual diretamente participou), o rap (não apenas pelo hábito de falar sobre as canções, como também pelo visual), e mais recentemente o trip hop (Portishead e Hoover inteligentemente o samplearam há alguns anos). Convenhamos, é raro um artista que consegue influenciar estilos não apenas diversos, mas que perpassam diferentes épocas.
E por falar em gênio da música pop, e por falar em Memphis, hoje, 16 de agosto, é aniversário da morte de Elvis Presley. Se é que morte tem aniversário, como diria meu amigo Pedro Geraldo!
Shaft é, sem a menor sombra de dúvida, uma das melhores trilhas sonoras originais de todos os tempos. Tal afirmação não constitui novidade, haja vista que a maioria dos filmes da chamada blaxploitation contou com boa música. Em Shaft, temos a matéria bruta das trilhas do gênero: balanço funk e soul regados a guitarras wah-wah e uma boa pitada de jazz. Um jazz razoavelmente sem-vergonha é bom que se diga! Neste trabalho, Isaac Hayes certamente deixou-se influenciar pelas belas harmonias do maestro Burt Bacharach, cometendo aquilo que viria a ser rotulado de lounge e easy listening (observe-se que no já mencionado Hot Buttered Soul, Hayes põe o mundo abaixo com uma versão avassaladora de “Walk on By”, além de uma tocante “By the Time I Get to Phoenix”, de Jim Webb, subvertida a um “anti-hit”, com seus quase vinte minutos de duração). Na trilha de 1970, o mestre humildemente incorporou as lições daqueles artesãos pop em boa parte das 15 faixas que assinou, sobretudo em “Ellie’s Love Theme”, “Cafe Regio’s” e “Shaft Strikes Again”. Eis um disco para se levar para uma ilha deserta – não fosse essa idéia um clichê meio ridículo!
Isaac Hayes, legítimo representante da importantíssima escola do soul de Memphis, influenciou de forma efetiva a disco music (gênero aliás do qual diretamente participou), o rap (não apenas pelo hábito de falar sobre as canções, como também pelo visual), e mais recentemente o trip hop (Portishead e Hoover inteligentemente o samplearam há alguns anos). Convenhamos, é raro um artista que consegue influenciar estilos não apenas diversos, mas que perpassam diferentes épocas.
E por falar em gênio da música pop, e por falar em Memphis, hoje, 16 de agosto, é aniversário da morte de Elvis Presley. Se é que morte tem aniversário, como diria meu amigo Pedro Geraldo!
Nenhum comentário:
Postar um comentário